sábado, 2 de fevereiro de 2013

Cleriston Xavier - SÍNTESE do texto “Viver é recriar”: um diálogo sobre a educação indígena." (Livro Pedagogia da Tolerancia - Paulo Freire, 2004).


  UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VIII/ PAULO AFONSO
LICENCIATURA INTERCULTURAL EM EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA – LICEEI
Componente Curricular: Linguagem
Docente: Maria Nazaré Mota de Lima
Discente:Cleriston Xavier
Povo Indígena:Pankararé
SÍNTESE: 


O texto intitulado “viver é recriar”: um diálogo sobre a educação indígena,  retrata o diálogo de Paulo Freire com alguns missionários (Mato Grosso, 1982) e trata de um modo geral da relação entre dominado e dominador. O mesmo afirma que é fundamental ao dominador triturar a identidade cultural do dominado, para que assim facilmente faça a expropriação material dos dominados, na História dele vem a cultura do branco, vem a religião do branco, vem a compreensão do mundo branco também; a língua do branco é a única que é língua, porque o que os negros falam é dialeto.
          Ao fazer isso, porém, sempre nesse momento em favor desse desenvolvimento do país, pretendem obter uma mão-de-obra nessa região toda do país. Uma mão- de- obra barata, explorada, vilipendiada. É que no momento em que a branquitude joga o índio na incerteza, eles entram de qualquer maneira no campo da cultura indígena com essa proposta, e a resposta do dominado é exatamente sonhar os sonhos da branquitude, é como se os indígenas estivessem dizendo: se vocês vem pra cá oferecer pra gente os primeiros aninhos de escola, para a gente virar operário de vocês, a gente quer agora estudos para que possamos ser médicos, engenheiros, padres, bispos.
          Os xavantes são um bom exemplo disso, que reivindicavam as condições para irem mais longe além das barreiras de povo dominados, e ainda recebem “um balde de água fria”, ao ouvirem: “vocês não deveriam sonhar em serem engenheiros, médicos, porque o sistema inclusive vai dificultar”.
           Além de historicamente já serem desfavorecidos devido a um longo período de restrições ainda há aqueles que querem tirar até o direito de sonhar, em todo o texto é claro como o missionário sempre busca desqualificar os índios, em vão, a meu ver, porque a palavra sempre bem fundamentada de Paulo Freire rebate todas as afirmações do missionário. Da mesma maneira que este episódio aconteceu há vinte anos, hoje em dia também sofremos com essas pessoas que chegam somente para nos colocar para baixo, sejam as secretárias empecilho nossas práticas culturais dentro da escola, sejam as DIRECs não facilitando a vida dos professores em formação continuada, ou o próprio estado rejeitando nossas reivindicações, mas não é à-toa que somos guerreiros.         

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