quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Maria Jesuína Barbosa dos Santos - Linguagem e letramento em foco: Aprender a escrever (re) escrevendo, Sirio Possenti Professor livre-docente no Departamento de Linguística do Instituto de Estudos de Linguagem – IEL/ Unicamp.2005-2010




UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS X
LICEEI: LICENCIATURA INTERCULTURAL EM EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDÍGENA

DISCUPLINA: Língua portuguesa e sociolinguística indígena II.
DOCENTE: Maria Nazaré Lima
Linguagem e letramento em foco: Aprender a escrever (re) escrevendo, Sirio Possenti Professor livre-docente no Departamento de Linguística do Instituto de Estudos de Linguagem – IEL/ Unicamp.2005-2010
                                                                   
                                                                                         Maria Jesuína Barbosa dos Santos*


É licenciado em Filosofia tem mestrado e doutorado em Linguística. É professor titular (Análise do Discurso) no Departamento de Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Estuda humor. Tem interesse nos discursos jornalístico e publicitário. Dedica-se ao estudo de textos breves, especialmente piadas, pequenas frases e fórmulas. É pesquisador 1B do CNPq e autor de diversos livros. Pela Editora Contexto publicou Humor, língua e discurso e, como coautor, Sentido e significação, Ethos discursivo, A (des)ordem   do discurso   e dêsdiscursivas.
O texto traz a escrita e a reescrita como as questões centrais. Parte do princípio de que a escrita é uma atividade que na escola, deve ser abundantemente praticada, com diversas finalidades. Está dividido em titulo e sobre titulo, mostra que o domínio da escrita é certamente consequência de uma pratica, em dois sentidos, bastante diferentes entre si:
1.    O domínio da escrita é “facilitado” se a escrita escolar levar em conta o funcionamento da escrita na sociedade.
2.    O domínio da escrita depende de que ela sela praticada.
Mostra que não é adequado solicitar que os alunos escrevam um texto apenas a partir  de um titulo ou de um tema fornecido pelo professor. Mais substituí-la por práticas de produção de textos que façam sentido,que haja algum “material” (informação, fatos,opiniões) a partir do qual o texto possa ser escrito.Não é boa pedagogia esperar que um aluno tenha que “inventar” seu texto a partir do nada ou de uma suposta criatividade. Sugere que  um escritor deve pesquisar viajar tomar notas, observar, elaborar um projeto, escolher um lugar adequado para seu trabalho, depois o entrega ao editor,  de fato, nunca  o texto entregue é publicado na versão “original”.
Afirma que são prática como essas que a escola deve levar em conta para que a escrita tenha sentido. Que  é possível que haja numerosos fatores interferindo no processo da escrita na escola.Que para escrever  certo; pode parecer que  basta aplica as regras da gramática. Mas necessariamente não se trata apenas disso, muitos alunos acertam regras (decoradas, ou fora de contexto) e erram quando escrevem textos. Sobre a natureza desses erros de grafia diz que os professores conhecem e que possa ser que os avaliem de forma simplificada, ou até mesmo equivocada. Indica que esses erros de grafia são devido a quatro razões:
·         Falta de uniformidade na correspondência entre som e letra.
·         Diferença de pronuncias de certos segmentos.
·         Variação mais ou menos significativa entre a forma dicionarizada e a forma falada.
·         Separação ou não de certas partículas.
Através dessa amostra indica que quase nunca os erros são sintomas de “burrice”, mas efeitos da variedade da representação escrita trate-se da diversidade “legalizada” trate-se da variedade linguística, as diversas formas de falar a língua que se refletem de alguma forma na escrita. É claro que são casos  que a escola deve considerar,mas são “erros” normais e completamente previsíveis no processo de aprendizado da escrita.
Valoriza os erros de grafia mostrando que podem ser ocasião para aprender coisas sobre a língua. Ao invés de simplesmente corrigir, ou de estudar e tentar aplicar regras, provavelmente é mais inteligente tentar entender o que provoca os erros. Uma característica marcante do texto é a evidencia,então,que os erros ortográficos são erros.Mas também deveria ser evidente que são também sintomas.
Percebo no texto relatos de extrema importância a serem observadas por nos professores na utilização da escrita em sala de aula como a correção detalhada dos textos produzidos, o sentido que se deve dar no ato da escrita a  importância de trabalha a produção da escrita com cuidado, utilizando diversas informações e que essa escrita passe pelo processo de revisão. Sem deixar de considerar, que para os alunos aprender a ler e escrever é importante a prática da escrita e da reescrita. E que essa pratica também possa ser na forma que é usada na sociedade.
 Classificar os erros cometidos na escrita dará aos alunos a oportunidade de aprender muito mais sobre a língua, percebendo assim que constantemente escrevemos da forma que falamos e ouvimos.
É um texto que tem uma linguagem acessível, que dificilmente encontramos em outros textos. Uma característica marcante é o de que os relatos  vem de encontro com a nossa realidade.
*Professora indígena, graduada em pedagogia(UNITINS-TOCANTINS). Graduada em Matemática(PARFOR-UESC) e Licenciatura Intercultural Indígena –UNEB.

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