UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS X
LICEEI: LICENCIATURA INTERCULTURAL EM
EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDÍGENA
DISCUPLINA:
Língua portuguesa e sociolinguística indígena II.
DOCENTE:
Maria Nazaré Lima
Linguagem e letramento em
foco: Aprender a escrever (re) escrevendo, Sirio Possenti Professor livre-docente
no Departamento de Linguística do Instituto de Estudos de Linguagem – IEL/
Unicamp.2005-2010
Maria Jesuína Barbosa dos Santos*
É licenciado em Filosofia tem mestrado e doutorado em Linguística.
É professor titular (Análise do Discurso) no Departamento de Linguística do
Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Estuda humor. Tem interesse nos
discursos jornalístico e publicitário. Dedica-se ao estudo de textos breves,
especialmente piadas, pequenas frases e fórmulas. É pesquisador 1B do CNPq e
autor de diversos livros. Pela Editora Contexto publicou Humor, língua e
discurso e, como coautor, Sentido e significação, Ethos discursivo, A
(des)ordem do discurso e dêsdiscursivas.
O
texto traz a escrita e a reescrita como as questões centrais. Parte do
princípio de que a escrita é uma atividade que na escola, deve ser
abundantemente praticada, com diversas finalidades. Está dividido em titulo e
sobre titulo, mostra que o domínio da escrita é certamente consequência de uma
pratica, em dois sentidos, bastante diferentes entre si:
1. O
domínio da escrita é “facilitado” se a escrita escolar levar em conta o
funcionamento da escrita na sociedade.
2. O
domínio da escrita depende de que ela sela praticada.
Mostra que não é
adequado solicitar que os alunos escrevam um texto apenas a partir de um titulo ou de um tema fornecido pelo professor.
Mais substituí-la por práticas de produção de textos que façam sentido,que haja
algum “material” (informação, fatos,opiniões) a partir do qual o texto possa
ser escrito.Não é boa pedagogia esperar que um aluno tenha que “inventar” seu
texto a partir do nada ou de uma suposta criatividade. Sugere que um escritor deve pesquisar viajar tomar notas,
observar, elaborar um projeto, escolher um lugar adequado para seu trabalho, depois
o entrega ao editor, de fato, nunca o texto entregue é publicado na versão
“original”.
Afirma que são prática como essas que a escola deve levar em conta
para que a escrita tenha sentido. Que é
possível que haja numerosos fatores interferindo no processo da escrita na
escola.Que para escrever certo; pode
parecer que basta aplica as regras da gramática.
Mas necessariamente não se trata apenas disso, muitos alunos acertam regras
(decoradas, ou fora de contexto) e erram quando escrevem textos. Sobre a
natureza desses erros de grafia diz que os professores conhecem e que possa ser
que os avaliem de forma simplificada, ou até mesmo equivocada. Indica que esses
erros de grafia são devido a quatro razões:
·
Falta de uniformidade na
correspondência entre som e letra.
·
Diferença de pronuncias de certos
segmentos.
·
Variação mais ou menos significativa
entre a forma dicionarizada e a forma falada.
·
Separação ou não de certas
partículas.
Através dessa
amostra indica que quase nunca os erros são sintomas de “burrice”, mas efeitos
da variedade da representação escrita trate-se da diversidade “legalizada” trate-se
da variedade linguística, as diversas formas de falar a língua que se refletem
de alguma forma na escrita. É claro que são casos que a escola deve considerar,mas são “erros”
normais e completamente previsíveis no processo de aprendizado da escrita.
Valoriza os
erros de grafia mostrando que podem ser ocasião para aprender coisas sobre a língua.
Ao invés de simplesmente corrigir, ou de estudar e tentar aplicar regras, provavelmente
é mais inteligente tentar entender o que provoca os erros. Uma característica
marcante do texto é a evidencia,então,que os erros ortográficos são erros.Mas
também deveria ser evidente que são também sintomas.
Percebo no texto
relatos de extrema importância a serem observadas por nos professores na
utilização da escrita em sala de aula como a correção detalhada dos textos produzidos,
o sentido que se deve dar no ato da escrita a
importância de trabalha a produção da escrita com cuidado, utilizando
diversas informações e que essa escrita passe pelo processo de revisão. Sem
deixar de considerar, que para os alunos aprender a ler e escrever é importante
a prática da escrita e da reescrita. E que essa pratica também possa ser na
forma que é usada na sociedade.
Classificar os erros cometidos na escrita dará
aos alunos a oportunidade de aprender muito mais sobre a língua, percebendo
assim que constantemente escrevemos da forma que falamos e ouvimos.
É um texto que
tem uma linguagem acessível, que dificilmente encontramos em outros textos. Uma
característica marcante é o de que os relatos vem de encontro com a nossa realidade.
*Professora indígena, graduada em pedagogia(UNITINS-TOCANTINS).
Graduada em Matemática(PARFOR-UESC) e Licenciatura Intercultural Indígena
–UNEB.
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