UNIVERSIDADE
DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO
DE EDUCAÇÃO – DEDC – CAMPUS X
LICENCIATURA
INTERCULTURAL EM EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA LICEEI – COMPONENTE CURRICULAR
“Letramentos e alfabetização na escola indígena: teorias e praticas”
ALUISO COSTA VIEIRA e FLAVIO FERNANDES BARBOSA
TEXTO
TEIXEIRA DE FREITAS – BA
2013
ALUISO
COSTA VIEIRA/ FLAVIO FERNANDES BARBOSA
Texto apresentado a disciplina, de
Letramento e alfabetização na escola indígena, do curso de Licenciatura em
educação escolar indígenas; Universidade do Estado da Bahia. Departamento
Campus X, como requisito para obtenção de nota. sob orientação do Prof. Dra.
Maria Nazaré Lima .
TEIXEIRA DE FREITAS
2013
EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDIGENA DO POVO PATAXÓ HÃ HÃ HÃE
No ano de 1982, a Educação Escolar indígena, em
nossa aldeia foi implantada a partir, de varias lutas, com a participação da comunidade
Uma luta de grandes desafios e conquista,
época de muitos preconceitos. logo então
órgão em prol a nossa luta se envolveram nessa causa, o qual desencadeou
a FUNAI ( Fundação Nacional do Índio ), sendo
atual responsável pelo ensino das séries inicias.. No decorrer do tempo foram
surgindo parceiros como, CIMI ( Conselho Missionário Indígena ) e APOIME (Articulação dos povos indígenas do
nordeste,minas Gerais e Espírito Santo), onde esses passaram a interagir com a FUNAI
e ambos deram o apoio a educação nesta
aldeia. De inicio a FUNAI contratou alguns professores para lecionar com os
alunos desta comunidade, porém com toda a dificuldade encontrada por não ter o
espaço suficiente para esses profissionais trabalhar e com os perigos que causava
a esses professores, os mesmos desistiam e em seguida abandonavam a escola ; e
isso sempre acontecia com outros que iam para esta aldeia. Vendo a educação
escolar em nossa aldeia passando por situação precária, ou seja, não dando certo, as lideranças começaram
a cobrar da FUNAI, ações para que melhor atendesse a
comunidade.
Diante as dificuldade enfrentada por todos,
pois não estavam encontrando profissionais na área de educação para irem
trabalha na aldeia , a FUNAI , junto a comunidade contratou a professora “
Maria Muniz”, índia residente nesta aldeia, onde a mesma passou então a
trabalhar nesta escola , dando aula nos turnos matutino e vespertino. A mesma enfrentou
muita dificuldade, pois a quantidade de alunos eram muitas,uma sala de serie multisseriada tendo que fazer merenda e lecionar tudo ao
mesmo tempo, não havia espaço de sala de
aula suficiente para que desenvolvesse essa atividade; na maioria das vezes
tinha que da aula embaixo de arvores , não tinha material didático , quadro giz
e até mesmo o apoio da própria FUNAI.
Com toda as dificuldade, enfrentadas a comunidade e principalmente a professora
Maria Muniz, ambos se unificaram em busca de melhorias para este setor, após
essa ação foi possível alguns membros da
comunidade ajudar a professora Maria Muniz desenvolver as atividades escolares,
até porque a professora sempre estava viajando para a secretaria de educação
que era instalada na sede da FUNAI em Eunapolis a 180 quilômetros da aldeia
para buscar merenda escolar e material, sendo a maioria das vezes que esta
viajava a escola ficava na responsabilidade de voluntários da educação escolar indígena.
Através de muitas lutas a professora, conseguiu algumas contratação de professores com o apoio das prefeituras
desta região; algumas contratação pela secretaria de educação de Itaju do
Colônia e Pau Brasil. Com a contratação desses professores ajudou a desenvolver
a pratica pedagógica nesta comunidade.
A partir do ano de 1996, com a participação
do indígena Agnaldo Francisco, o qual já lecionava na educação de nossa aldeia , o mesmo por fazer parte da
política partidária deste município , juntamente com o governo atual ,o Sr,
Durval Santana, onde o indígena fez documentos com a participação desta
comunidade,solicitando a este governo contratações de novos professores para
ajudar na educação indígena ( a escola indígena do caramuru passou a se chamar de
escola municipal indígena Caramuru, onde, juntamente com a participação das
lideranças, conseguiu uma nova estrutura na educação e passou a ter seu primeiro
diretor índio, sendo a professora Margarida
Pataxó Rocha de Oliveira; entre o ano de 96 a 97, a comunidade teve mais
ingresso de aproximadamente quinze funcionário entre professor , merendeiras e
zelador. Com a participação dos índios nos movimentos sociais e em outros
formados por participação de indígenas,direta em órgãos não governamentais,
muitos desses professores fizeram parceria com o MEC ( ministério da Educação
), Secretaria estadual de educação da Bahia, ANAI ( associação nacional dos
povos Indígenas), com o objetivo de melhor capacitar os alfabetizadores que
desenvolvia as atividades de regência escolar nas aldeias. De acordo as
demandas referidas por todos os envolvidos no processo educacional o MEC,
juntamente com os parceiro,criou no ano de 1997,o primeiro o curso de
magistério em educação escolar indígena, com o termino no ano de 2002, o qual
teve a maioria da participação de alfabetizadores
indígenas e alguns não índios. Todos os professores participaram com o objetivo
de capacitar e desenvolver suas praticas escolares de acordo a educação
diferenciada nas escolas indígenas; onde teve a participação de vários
educadores de outras aldeias. Diante o percurso
,estes professores se unificaram em defesa da educação diferenciada,
para o melhoramento do ensino pedagógico ; tivemos muitas dificuldades pois
alguns município, que respondia pela a educação indígena não queria atender as
reivindicação dos referentes setor . Com isso foi realizada varias reuniões com
lideranças e professores para decidir os caminhos desta educação. Durante a trajetória
dos envolvidos nesta, conseguimos conquista o apoio de diversos parceiro, onde
os quais conseguiu no ano de 2000, desvincular a educação municipal para estadual.
Neste ano foi contratado mais funcionário
para trabalharem na escola, dentre eles: professores, merendeiros, zeladores
entre outros, que em seguida o governo Federal com parcerias, construiu o
Colégio dentro da aldeia Caramuru, com varias salas e secretarias, sendo
inaugurado em 2002. Neste período e a partir desta data já havia, salas anexas
nas diversas regiões do território indígena Caramuru Catarina Paraguaçu. Hoje a
educação escolar indígena construiu seu
próprio projeto político pedagógico, pois há um quadro de funcionário bem preparado para trabalhar com
seu povo , 97% dos profissionais desta escola são índios , Do Qual Vários estão
o LICEEI curso Licenciatura em educação
escolar indígena, LINTER Licenciatura
intercultural Indígena Alguns graduados em diferentes áreas e outros fazendo
pós graduação . Uma das dificuldades que ainda é enfrentada por esses
educadores e profissionais que atuam nesta escola é o pagamento, alguns desses
recebem recursos, pelo o PST ( prestação de serviço temporária ), entre outros.
Há também funcionários que são concursado pelo o município, que trabalha na
escola, e são emprestado pela a secretaria de educação de Pau Brasil,
todos são índios, e mora na aldeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário