quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Trabalho em grupo: Cristiane Soares Diniz e Maria Luísa Carvalho



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS X
LICEEI: LICENCIATURA INTERCULTURAL EM EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDÍGENA
DISCUPLINA: Letramento e alfabetização na escola indígena: teorias e práticas
DOCENTE: Maria Nazaré Lima
DISCENTES: Cristiane Soares Diniz e Maria Luísa Carvalho

A questão da oralidade e da escrita para os Tupinambá


     Uma das principais características do povo Tupinambá é a oralidade. A tradição do oral é passada de geração em geração. Ela acontece ao redor de fogueiras, na contemplação da Lua Cheia ou quando falta energia elétrica.
    Na atual realidade em que vivemos, sentimos uma grande necessidade de registrar esses contos, essas estórias e histórias utilizando a escrita, pra que essas memórias não se percam com o passar do tempo ou sejam “enterradas” com seus contadores.
   Também a escrita se tornou uma ferramenta fundamental, na apropriação da escrita sobre a nossa identidade cultural, nos permite reescrever a nossa própria história que a muito tempo têm sido contada na maioria das vezes erroneamente.
    Entendemos que para termos o domínio da escrita, temos que aprender a norma correta exigida, a Universidade é o veículo que nos dará suporte para validar a nossa escrita, do contrário não seremos ouvidos, somos a minoria numa sociedade arraigada de preconceitos.
    O compromisso que temos com a educação do nosso povo, nos incentiva na busca de novos conhecimentos, para a compreensão do sentido da leitura e da escrita. As leituras e análises que fazemos dos textos, colaboram na busca de novos instrumentos que nos darão suporte para novas práticas.Muitos dos textos lidos nos remeteram á várias situações vivenciadas nas nossas experiências docentes,sendo a dificuldade na escrita e leitura o maior obstáculo a ser resolvido,muitos de nossos alunos chegam ao segundo grau sem dar sentido ou entender o sentido do  que leem e escrevem.Essas práticas,deverão ser atreladas,com a contextualização da realidade vivenciada,tendo-se como ponto de partida a valorização da  oralidade.
   Partindo da oralidade, podemos induzir a produção da escrita. A produção de texto deverá ter sentido, para despertar o incentivo e o prazer naquele que escreve. Concretizar o que escutamos nessas experiências vivenciadas com os mais velhos,é de uma riqueza incalculável,entendemos assim que estaremos valorizando a nossa cultura e permitindo que outros conheçam a nossa realidade a partir de registros escritos.
   Com essas novas demandas, não podemos permanecer estagnados no tempo, sem deixar é claro de fazermos o que sempre fizemos,podemos agregar outros meios que facilitem o diálogo entre a oralidade e a escrita, sem desvalorizar a nossa cultura.

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