UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS X
LICEEI: LICENCIATURA INTERCULTURAL EM
EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDÍGENA
DISCUPLINA:
Letramento e alfabetização na escola indígena: teorias e práticas
DOCENTE:
Maria Nazaré Lima
DISCENTES:
Cristiane Soares Diniz e Maria Luísa Carvalho
A questão da oralidade
e da escrita para os Tupinambá
Uma das principais características do povo
Tupinambá é a oralidade. A tradição do oral é passada de geração em geração. Ela
acontece ao redor de fogueiras, na contemplação da Lua Cheia ou quando falta
energia elétrica.
Na atual realidade em que vivemos, sentimos
uma grande necessidade de registrar esses contos, essas estórias e histórias
utilizando a escrita, pra que essas memórias não se percam com o passar do
tempo ou sejam “enterradas” com seus contadores.
Também a escrita
se tornou uma ferramenta fundamental, na apropriação da escrita sobre a nossa
identidade cultural, nos permite reescrever a nossa própria história que a
muito tempo têm sido contada na maioria das vezes erroneamente.
Entendemos que para termos o domínio da
escrita, temos que aprender a norma correta exigida, a Universidade é o veículo
que nos dará suporte para validar a nossa escrita, do contrário não seremos
ouvidos, somos a minoria numa sociedade arraigada de preconceitos.
O compromisso que temos com a educação do
nosso povo, nos incentiva na busca de novos conhecimentos, para a compreensão
do sentido da leitura e da escrita. As leituras e análises que fazemos dos
textos, colaboram na busca de novos instrumentos que nos darão suporte para
novas práticas.Muitos dos textos lidos nos remeteram á várias situações
vivenciadas nas nossas experiências docentes,sendo a dificuldade na escrita e
leitura o maior obstáculo a ser resolvido,muitos de nossos alunos chegam ao
segundo grau sem dar sentido ou entender o sentido do que leem e escrevem.Essas práticas,deverão
ser atreladas,com a contextualização da realidade vivenciada,tendo-se como
ponto de partida a valorização da
oralidade.
Partindo da oralidade, podemos induzir a
produção da escrita. A produção de texto deverá ter sentido, para despertar o
incentivo e o prazer naquele que escreve. Concretizar o que escutamos nessas
experiências vivenciadas com os mais velhos,é de uma riqueza
incalculável,entendemos assim que estaremos valorizando a nossa cultura e
permitindo que outros conheçam a nossa realidade a partir de registros
escritos.
Com essas novas demandas, não podemos
permanecer estagnados no tempo, sem deixar é claro de fazermos o que sempre
fizemos,podemos agregar outros meios que facilitem o diálogo entre a oralidade
e a escrita, sem desvalorizar a nossa cultura.
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