quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Silvanir S. Souza POSSENTI, Sírio. Aprender a escrever (re) escrevendo. Campinas: MEC/CEFIEL, IEL, 2007.






UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS X
LICEEI: LICENCIATURA INTERCULTURAL EM EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDÍGENA

DISCUPLINA: Língua portuguesa e sociolinguística indígena II.
DOCENTE: Maria Nazaré Lima

POSSENTI, Sírio. Aprender a escrever (re) escrevendo. Campinas: MEC/CEFIEL, IEL, 2007.

                            
Silvanir S. Souza


O texto Aprender a escrever (re) escrevendo é de autoria de Sírio Possenti, professor livre docente no Departamento de Linguística do Instituto de Estudo de Linguagem IEL/UNICAMP. O capítulo é subdividido em seis partes incluindo o sumário no qual o autor traz sérias preocupações de como se trabalhar a linguagem do aprender a escrever.
O autor se preocupa com as condições para uma boa produção escrita, como inventibilidade, inspiração, criatividade para motivar os alunos, destinada a favorecer e facilitar a produção de textos.
O domínio da escrita é “facilitado” se a escrita escolar levar em conta o funcionamento da escrita na sociedade, ou seja, se forem consideradas na prática escolar, certas características que a escrita tem na sua prática social. Depende de que ela seja praticada, isto é, de que os estudantes escrevam regularmente, na escola e fora dela.
Ou seja, a escrita não é uma forma de testar eventualmente conhecimento da língua e da grafia. A prática da escrita tem dois objetivos: escrever certo e escrever bem. Para escrever certo, pode parecer que o caminho é óbvio: basta aplicar as regras da gramática, mas feliz ou infelizmente, não se trata apenas disso, infelizmente, porque o conhecimento de regras não necessariamente ao acerto na prática. Felizmente porque o “erro” fornece boas ocasiões para aprender coisas muito interessantes sobre língua.
Os professores conhecem muito bem o problema dos erros de grafia, mas eventualmente pode ser que avaliem de forma simplificada, até mesmo equivocada. Por exemplo, podem achar que se trata de um conhecimento que os alunos deveriam incorporar muito rapidamente – o que não pode ser verdade. Ou podem achar que, fazendo certos exercícios os alunos deveriam aprender grafia de uma vez por todas, o que também pode não ser verdade, ou podem achar que a permanência desses erros denuncia falta de cuidado – o que pode até ser verdade – ou indício de problemas psicológicos, neurológicos, auditivos, o que quase nunca é verdade.
Embora a escola, frequentemente imponha normas mais ou menos arbitrárias, é importante considerar que também fora da escola há normas bastante rígidas para a escrita. Autores e textos devem obedecer a um conjunto de normas mais ou menos explícitas segundo Possenti.
Que a “primeira” escrita decorra de um projeto ou de uma encomenda, como “no mundo”; e que seja fruto de alguma pesquisa ou seja, que possa levar um certo tempo para ser elaborada. (o exemplo analisado por Eglê Franchi – escrever a partir de um fato que chamou a atenção de todos os alunos – pode ser comparado às reportagens de última hora que um jornal deve publicar para não ser furado pelas concorrentes).

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