quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Trabalho em grupo: Agnaldo Francisco dos Santos e Elisangela Oliveira Barbosa



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, CAMPUS X
LICENCIATURA INTERCULTURAL EM EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA – LICEEI
                 DOCENTE: Drª.  Maria Nazaré Lima
ACADEMICO: Agnaldo Francisco dos Santos
                   Elisangela Oliveira Barbosa










                                                 
Proposta Societário de Povo

                                
















                                   Teixeira de Freitas
                                             2013
                                            
                           Agnaldo Francisco dos Santos
                           Elisangela Oliveira Barbosa











                                                 
Proposta Societário de Povo








Atividade apresentada a Universidade do Estado da Bahia, Departamento de
Educação, Campus X, como requisito para obtenção de nota no componente estudos  alfabetização e Letramento, sob a orientação da professora Drª. Maria Nazaré Lima.








Teixeira de Freitas
2013
Nós povos indígena  no Brasil temos um grau de organização bem elevado no que diz respeito ao controle social, especialmente nas áreas de educação e saúde, até mesmo porque foi duas área que os invasores usaram para tentar nos exterminar: na saúde em desqualificar e  satanizar os nossos pajés e nossos deuses, e introduzir em nossas comunidade bactérias e vírus das quais o nosso corpo não tinha desenvolvido o sistema de defesa contra aquelas doenças, pois no nosso meio não existia.
Na educação, desconsiderando a nossa língua,  afirmando que a nossa linguagem  é dialeto, não reconhecendo a oralidade como linguagens e nos classificando como povo sem historia.
’’linguagem mesmo é do colonizador, do colonizado é dialeto, é um negocio ruim, pobre, fraco, inferior, incompetente, não é capaz de expressar o mundo, a beleza e  ciência. Isso só se pode fazer na língua do civilizado, língua branca que é melhor, mais bonita, por que por trás dessa branquitude tem  tanto Camões. Essa é a concepção branca do Brasil mestiço com relação as culturas negras e dos índios do Brasil.” ( Paulo Freire, Pedagogia da Tolerância, pag. 26).
Hoje nos apoderamos das ferramentas que eles usam contra nós para fazer a nossa defesa e nos apoderamos  perante o não índio.
         Na saúde estamos organizados institucionalmente com os conselhos de saúde local, regional, distrital e nacional. Nas aldeias com os pajés e rezadeiros(as).
Na educação temos o fórum de educação que é formado por representante de todas as aldeias e representantes de organizações indígenas e indigenista, representantes da instituição gestora da educação e das instituições que faz o controle social dos órgãos públicos, FORUMEIBA estar representado na comissão executiva formada por representante do povo e organização. A secretaria é formada por um secretario e três subsecretário um de cada região da Bahia.
Quando nos visualizamos as nossas organizações, pensamos que as politicas publicas nestas áreas são boas ou estão bem encaminhada, mas não é bem assim, pois o estado tem apoderado das ferramentas que usamos e utilizam para burocratizar o nossos avanço em defesa do nosso direito. Na saúde não respeitam os pajés e rezadeiras(os) e nem encaminhas determinação dos conselhos, e muitas vezes subornam os conselheiros indígenas com ofertas de beneficio pessoal para enfraquecer o movimento ( emprego, tratamento especializado ...).
Na educação as leis que determinam uma educação diferenciada de qualidade não são respeitadas, pois as conquistas que conquistamos na justiça são inviabilizadas pelas instituições gestoras; varias construções das nossas escolas passam até cinco anos sem iniciar, com  recurso orçamentado e garantido, (  Escola Tupinambá Serra do Padeiro e Escola da aldeia Caramuru ). Nos professores trabalhamos em regime de escravidão sem vinculo empregatício e com salario menos do que os não índios, as nossas escolas não dispõem de autonomia na gestão. A nossa realidade ainda é de pessoas morrerem nos interiores das aldeias sem atendimento medico, muitas salas de aulas improvisadas sem material didático.
Mas diante de tanta perseguição  sistemática que ultrapassa 513 anos, nos temos projeto de povo e lutamos para conquistar a nossa tão sonhada autonomia. Sabemos claramente o que queremos, estamos implementando um projeto societário dos povos indígena da Bahia que é a criação da universidade indígena da Bahia, já temos a estrutura física cedida pelo povo Tupinambá de Serra do Padeiro através do cacique Babau: localizado no território tupinambá as margens do Rio Una na antiga Unacau a cinco km da cidade de São José da Vitória. Com essa Universidade em funcionamento acreditamos formar melhor os nossos guerreiros e acelerar os nossos encaminhamentos rumo à autonomia.



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