UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS X
LICEEI: LICENCIATURA INTERCULTURAL EM
EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDÍGENA
DISCUPLINA: Língua portuguesa e
sociolinguística indígena II.
DOCENTE: Maria Nazaré Lima
POSSENTI,
Sírio. Aprender a escrever (re) escrevendo. Campinas IEL/ Unicamp. 2005
(Linguagem e letramento em foco).
Resenhado por: Sinival F. Conceição.
O
livro que tem como título Aprender a escrever (re) escrevendo é de autoria de
Sírio Possenti, professor livre docente no departamento de Linguística do
Instituto de Estudos da Linguagem (IEL/UNICAMP). O livro é dividido em três
capítulos e estes, por sua vez são subdivididos em tópicos, onde o autor toma a
escrita e a reescrita como as questões centrais, chama a atenção do leitor para
algumas escritas de alunos que são tidas como erradas e, no final o autor
apresenta suas variações finais.
O
que o autor propõe neste capítulo é no sentido de dar ênfase ao aprendizado da
escrita com suas condições de produção e circulação dos textos. Resumidamente
ele afirma que os alunos vão á escola antes de tudo, para aprender a ler e
escrever, e que textos adequados têm dois traços básicos: um texto tem que ser
correto e tem que ser bem escrito.
O
autor diz que o domínio da escrita é certamente consequência de uma prática, em
dois sentidos até bastante diferentes entre si. O domínio da escrita é
“facilitado” se a escrita escolar levar em conta o funcionamento da escrita na
sociedade, e o domínio da escrita depende de que ela seja praticada, ou seja,
que ela seja escrita regularmente, na escola e fora dela.
Para
exemplificar formas de diversas de “disparar” a produção de um texto, o autor
fornece três indicações de como escrever na escola. Embora não seja o objetivo
deste trabalho, explica Possenti. Todas as três indicações fornecidas por ele
mostra que não é adequado solicitar que alunos escrevam um texto somente a
partir de um título ou de um tema fornecido pelo professor. Não é boa pedagogia expressar que um aluno
tenha que “inventar” seu texto, o tema, os argumentos, a tese a ser defendida, etc.,
a partir do nada ou de uma suposta “criatividade”.
No
segundo parágrafo do tópico Escrever certo, Possenti diz que para escrever
certo pode parecer que o caminho é óbvio, basta aplicar as regras da gramática.
Antes de entrar propriamente na sugestão de práticas “escolares”, parece
necessário dizer algumas coisas sobre a natureza dos erros.
Sobre
a natureza dos erros de grafia, o autor afirma que os professores conhecem
muito bem os problemas dos erros de grafia, mas eventualmente pode ser que os
avaliem de forma simplificada, até mesmo equivocada, por exemplo: podem achar
que se trata de um conhecimento que os alunos deveriam incorporar muito
rapidamente, o que pode não ser verdade, ou podem achar que fazendo outros
exercícios, os alunos deveriam aprender grafia de uma vez por todas e pode
também não ser verdade. Podem ainda achar que sejam indícios de problemas
psicológicos auditivos, o que quase nunca é verdade.
Com
isso percebo que este livro poderia servir para uso diário dos professores,
principalmente de português, para que estes passem a trabalhar melhor a escrita
do aluno através da reescrita, sem que os reprima, pois o autor faz um apanhado
geral e de forma bastante explícita sobre a escrita e reescrita do aluno, por
isso sua leitura é de suma importância para os professores e futuros
professores, principalmente de português.
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